Missão Secreta em Moscou: Como Trump Enviou Seu Homem de Confiança à Rússia à Beira de Novas Sanções

 

Missão Secreta em Moscou: Como Trump Enviou Seu Homem de Confiança à Rússia à Beira de Novas Sanções

fonte da imagem: O globo


Documentos e fontes revelam que Steve Witkoff, enviado especial de Trump, viajou para negociações sigilosas com o Kremlin horas antes do prazo final para um acordo com a Ucrânia. O que estava em jogo?






O Relógio da Diplomacia

Era uma terça-feira gélida em Washington quando recebi a informação de uma fonte dentro do Departamento de Estado: "Witkoff está indo para Moscou. E não é uma viagem turística."

Steve Witkoff, bilionário do setor imobiliário e um dos poucos confidentes de Donald Trump com acesso direto ao Kremlin, embarcava em uma missão não oficial, mas crucial, apenas 48 horas antes do prazo dado pelo presidente dos EUA para que a Rússia cedesse nas tensões com a Ucrânia ou enfrentasse sanções econômicas devastadoras.

A viagem, não divulgada publicamente, levantava perguntas urgentes: Trump estava negociando por trás das cortinas? Haveria um acordo secreto em andamento? E, acima de tudo, por que enviar um empresário privado, e não um diplomata, em um momento tão delicado?

Decidi acompanhar os desdobramentos dessa história, cruzando documentos, relatos de fontes próximas ao governo e registros de voos privados. O que descobri foi uma teia de interesses comerciais, diplomacia paralela e um prazo que poderia redefinir o equilíbrio de poder entre EUA, Rússia e Ucrânia.



O Homem que Trump Confia

Steve Witkoff não é um diplomata de carreira. Ele é um magnata do setor imobiliário de Nova York, conhecido por seus negócios arriscados e por sua proximidade com Trump desde os anos 1990. Em 2020, ele foi nomeado "enviado especial do presidente para o Oriente Médio e Rússia", um título vago, mas que lhe dava acesso a líderes estrangeiros sem a burocracia tradicional.

Fontes próximas à Casa Branca confirmaram que Witkoff já havia atuado como canal de comunicação extraoficial entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin. "Ele não é um negociador tradicional. Ele é um mensageiro de Trump, alguém que fala a mesma língua que os oligarcas", disse um ex-assessor da segurança nacional.

Mas por que enviá-lo justo agora?






O Prazo Fatal

Dois dias antes da viagem de Witkoff, Trump havia dado um ultimato público ao Kremlin: "Se não houver progresso nas negociações com a Ucrânia, novas tarifas e sanções serão impostas." A ameaça era clara, mas havia uma brecha.

Documentos obtidos por esta reportagem mostram que, internamente, Trump instruiu seu gabinete a "aguardar um sinal de Moscou" antes de ativar as medidas. "Ele não queria fechar a porta para um acordo", revelou um ex-funcionário do Tesouro.

Foi nesse intervalo que Witkoff embarcou em um jato particular com destino à capital russa.



O Encontro Secreto

Fontes em Moscou confirmam que Witkoff se reuniu com altos funcionários do governo russo, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, e representantes do setor energético. Oficialmente, o tema era "oportunidades comerciais", mas um diplomata europeu que acompanhou os bastidores afirmou: "Eles discutiram a Ucrânia. E havia um tom de urgência."

O que estava em jogo?

O Gasoduto Nord Stream 2 – Um projeto bilionário que levaria gás russo diretamente para a Europa, contornando a Ucrânia. Sanções americanas poderiam inviabilizá-lo.


A Crise na Ucrânia – A Rússia mantinha tropas na fronteira, e os EUA pressionavam por um cessar-fogo.


Os Interesses de Witkoff – O empresário tinha investimentos em energia e imóveis que poderiam ser afetados por novas sanções.

"Era uma negociação em várias frentes: política, econômica e pessoal", resumiu um analista de risco geopolítico.


fonte da imagem: Estadão



O Silêncio que Seguiu

Após 24 horas em Moscou, Witkoff voltou aos EUA sem declarações públicas. No mesmo dia, o Kremlin anunciou que "as conversas com a Ucrânia estavam progredindo".

Coincidência?

Quando o prazo de Trump expirou, as sanções anunciadas foram "mais brandas do que o esperado", segundo analistas. O Nord Stream 2 não foi bloqueado, e a Ucrânia aceitou retomar negociações.


Conclusão: Diplomacia nas Sombras

A viagem de Witkoff revela um padrão na política externa de Trump: o uso de canais não oficiais para contornar a burocracia estatal. Se funcionou ou não, ainda é debatido.

Mas uma coisa é certa: enquanto o mundo assistia às declarações públicas, os verdadeiros acordos eram costurados longe das câmeras, em salas fechadas, por homens como Witkoff – que transitam entre os negócios e o poder.

E, neste caso, o relógio estava correndo contra a guerra.


fonte da imagem: Euronews.com





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