Silêncio Entre as Tumbas
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| fonte da imagem: Meta AI |
O Que os Mortos Escondem
Nunca imaginei que uma simples visita a um cemitério em São Paulo pudesse se transformar em um pesadelo. A curiosidade me levou àquele lugar, famoso por suas histórias de fenômenos sobrenaturais e encontros misteriosos. As palavras ditas por amigos sobre figuras sombrias vagando entre as lápides ecoavam em minha mente enquanto me aproximava da entrada.
Era uma noite semântica, com a lua cheia iluminando o caminho em que eu caminhava. Eu sempre fora fascinado por lugares assombrados, mas sabia que, ao cruzar os portões do cemitério, estaria adentrando um mundo que muitos prefeririam ignorar.
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| fonte da imagem: Meta AI |
Conforme caminhava entre as fileiras de lápides, sentia uma tensão no ar, quase como se o silêncio carregasse segredos profundos. As sombras projetadas pelas árvores altas pareciam ganhar vida, dançando ao ritmo de uma brisa que parecia sussurrar os nomes dos mortos. O frio na espinha me acompanhava, mas a excitação me impelia a continuar.
Parei diante de uma lápide antiga, coberta de musgo. O nome estava quase ilegível, mas algo me atraiu para ela. Como se a própria lápide estivesse clamando por atenção. Ao me inclinar para ler, ouvi uma risada suave, quase infantil, ecoando ao meu redor. A princípio, pensei que poderia ser apenas a minha imaginação, mas a risada se intensificou, encolhendo meu coração em medo.
O lugar estava deserto, e eu não conseguia entender de onde vinha aquele som. Meus pensamentos giravam rapidamente enquanto a sensação de ser observado crescia. Nessa hora, decidi que era melhor me afastar daquela lápide, mas antes que pudesse tomar um passo, percebi uma figura ao longe. Era uma criança, parada entre as lápides, olhando diretamente para mim.
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| fonte da imagem; Meta AI |
Franzi a testa, tentando discernir se realmente era uma criança ou apenas uma ilusão. Eu podia ver que sua roupa estava antiquada e desbotada, as cores apagadas como se tivessem sido lavadas pela passagem do tempo. Um arrepio me percorreu a espinha, mas não consegui me mover. A curiosidade e o terror lutavam por minha atenção.
"Não tenha medo", disse a criança, sua voz suave tremulando como uma folha ao vento. "Eles não vão machucar você." O que eram "eles"? Perguntas fervilhavam em minha mente, mas antes que pudesse questioná-la, a figura desapareceu nas sombras, como uma fumaça que se dissipa no ar.
Nessa hora, uma sensação de desespero tomou conta de mim. Comecei a andar apressadamente, tentando encontrar a saída. Enquanto caminhava mais rápido, percebi que as lápides começaram a mudar. Não eram mais lápides comuns; algumas pareciam emanar uma luz suave, e outras vibravam em um tom baixo, quase como um canto distante.
Um frio intenso tomou conta do ambiente, e a brisa do vento pareceu se transformar em sussurros. Parecia que as vozes dos mortos estavam se erguendo, falando entre si, revelando segredos que deviam permanecer enterrados. Meus pensamentos giravam, tentando encontrar uma explicação lógica para o que estava vivenciando.
Então, ao olhar para trás, vi que não estava mais sozinha. Uma sombra alta me seguia, deslizando entre as lápides. O pânico tomou conta de mim. Corri, mas quanto mais eu corria, mais aquela sombra parecia se aproximar. O som de meus próprios passos ecoava na escuridão, misturando-se com os risos da criança que ainda pairavam no ar.
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| fonte da imagem: Meta AI |
Finalmente, encontrei a saída do cemitério e atravessei os portões como se estivesse escapando de um pesadelo. Gritando, olhei para trás uma última vez. A sombra havia desaparecido, assim como a criança, mas a sensação de que eles ainda estavam lá, observando, não me abandonou.
Nos dias que se seguiram, a experiência me atormentou, com imagens das lápides e a risada da criança persistindo em minha mente. Um amigo, ao ouvir minha história, sugeriu que fazia parte de algo maior, talvez um aviso. Não sei o que realmente aconteceu naquela noite sombria, mas uma coisa é certa: existem coisas que tornam os cemitérios mais do que meros lugares de descanso; são portais para mistérios que os vivos nem sempre compreendem, e melhor não tentar desvendar.
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