Anders Breivik Acusa Estado Norueguês de Violação de Direitos Humanos em Nova Tentativa de Processo
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| fonte da imagem: Renascença |
Massacre de 2011 volta a assombrar a Noruega com alegações de tratamento desumano na prisão.
Os trágicos eventos ocorridos em 2011, quando o extremista de direita Anders Breivik protagonizou um massacre brutal, voltam a ganhar destaque. O norueguês, responsável pela morte de 77 pessoas em um ataque à bomba e a tiros, compareceu perante um juiz em Oslo na última segunda-feira. Contudo, dessa vez, não para assumir culpa, mas para acusar o Estado norueguês de violação de direitos humanos.
Desde que foi preso em 2012, Breivik alega estar sujeito a um tratamento desumano durante o período de confinamento solitário. O extremista fundamenta sua acusação na Convenção Europeia dos Direitos Humanos, argumentando que as condições de sua reclusão constituem uma afronta aos princípios fundamentais de dignidade e respeito.
Breivik, que executou seu ataque planejado meticulosamente, sustenta que as autoridades prisionais estão infringindo seus direitos básicos ao mantê-lo isolado do convívio humano. O confinamento solitário, segundo ele, vai além da punição pelo crime cometido, tornando-se uma ação que fere os preceitos da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, da qual a Noruega é signatária.
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| fonte da imagem: youtube |
Durante a audiência, o norueguês procurou sensibilizar o tribunal para as condições de sua detenção. Argumentou que a falta de interação social está corroendo sua saúde mental, alegando que o isolamento prolongado é uma forma de tortura psicológica. Seu advogado, por sua vez, destacou a necessidade de reavaliar as condições carcerárias de Breivik, enfatizando que mesmo criminosos devem ser tratados com dignidade.
O Estado norueguês, por sua vez, defende a legalidade e a legitimidade das condições impostas a Breivik. Ressalta que o confinamento solitário é uma medida necessária para proteger tanto o detento quanto a sociedade, dada a gravidade dos crimes cometidos. As autoridades afirmam que a decisão de manter Breivik isolado é baseada em preocupações com a segurança, impedindo que ele influencie outros prisioneiros ou, pior ainda, que planeje novos atos violentos.
Esta não é a primeira vez que Breivik busca processar o Estado norueguês. Em uma tentativa anterior, em 2016, suas alegações foram rejeitadas pelo tribunal, que considerou as condições de seu confinamento proporcionais à gravidade de seus crimes. Agora, o extremista tenta novamente, com a esperança de sensibilizar as autoridades para o impacto negativo em sua saúde mental.
O caso de Anders Breivik continua a levantar debates éticos sobre os limites do castigo e a preservação dos direitos humanos mesmo em situações extremas. A Noruega, um país que se orgulha de sua abordagem progressista ao sistema penal, enfrenta agora o desafio de equilibrar a punição dos culpados com o respeito aos princípios fundamentais de dignidade e humanidade. O veredito final deste caso não apenas moldará o destino de Anders Breivik, mas também influenciará a abordagem da Noruega em relação ao tratamento de prisioneiros considerados extremamente perigosos.
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